(…) Corria o anno de 1697. Francisco Luiz d'Abreu, doutor em medicina, mudára sua residencia para Coimbra, esperançado em entrar no magisterio, conforme lh'o promettiam sua capacidade, vasto saber e creditos. Tinha casado, quatro annos antes, com Francisca Rodrigues de Oliveira, filha de abastados judeus de Ourem. Não tinham filhos; mas dos braços de um ao outro saltava um menino... Continue Reading →
O Olho de vidro (1)
Braz Luiz de Abreu foi um famoso médico oureense de origens judaicas que o notável romancista Camilo Castelo Branco imortalizou na sua novela “Olho de Vidro”, precisamente a alcunha pela qual era conhecido. Esta novela descreve também a vida da comunidade judaica de Ourém e, por conseguinte, relata uma parte importante da nossa história local cujo estudo está... Continue Reading →
Busto de Camilo no Porto
Tão longe dos Amores de Perdição que o condenaram mais uma vez a frequentar a antiga Cadeia da Relação. O Camilo de S. Miguel de Seide está mesmo muito escondido ali na avenida que tem o seu nome. Esta obra do escultor Henrique Moreira (1890-1979) foi oferecida à cidade por "O Comércio do Porto" em 1925. Fonte:... Continue Reading →
Hotel Paris (Porto)
Com 136 anos de vida, feitos em Novembro último, e palco de encontro, no passado, de escritores portugueses célebres como Camilo Castelo Branco ou Eça de Queirós, o Grande Hotel de Paris já passou por momentos bons e maus. Na última década, tem tentado recuperar e preservar a sua história. Situado nos números 27 a... Continue Reading →
Dia Internacional dos Monumentos e Sítios 18 abril
Lugar de Memória Camiliana No próximo dia 18 de Abril celebra-se o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, que foi instituído em 1982 pelo ICOMOS e aprovado pela UNESCO no ano seguinte. A partir de então, esta data comemorativa tem vindo a oferecer a oportunidade de aumentar a consciência pública relativamente à diversidade do património e... Continue Reading →
De Lisboa ao Bom Jesus
Embarcamos no barco a vapor chamado Jorge IV. Uma criada, que tinha ares de mestre da minha irmã, veio connosco, estipendiada por conta do nosso património. A senhora Carlota Joaquina não me esquece. Era uma mulher gorda, facuda e frescalhona, que bolsava os fígados do beliche abaixo, e gritava a d’el-rei de aflita com o... Continue Reading →
Ópera “Lucrécia Borgia”
"Como à força, fora ele uma noite ao teatro lírico, em companhia do abade de Estevães, que amava a música pelo muito amor que tinha à guitarra, delícias da sua mocidade, e consoladora da velhice, já saudosa do tempo em que o coração lhe gemia nos bordões do instrumento apaixonado. Calisto inteirou-se do enredo da ópera, e... Continue Reading →
Mosteiro de Odivelas
" Um dia, pouco depois de nascido o Sol, quando se não esperava, chegou à portaria de Odivelas D. Catarina de Castro em sege com sua mãe, e dois monges de S. Bernardo em outra sege. A prelada recebeu a nova que lhe levou a porteira juntamente com a ordem do dom abade-geral, em a qual se incluía a sentença absolutória da freira,... Continue Reading →
Guimarães na “Brasileira de Prazins”
Ao cabo de duas semanas, saíram dos domínios da balada. Uma noite, partiram de Guimarães, caminho do Porto, dois cavalos do Gaitas, e pararam na Ponte de Brito. Um dos cavalos era arreado com selim de senhora. Por volta da meia-noite, Adolfo e Honorata, num passo miúdo, com uma ansiedade, misto de exultação e de... Continue Reading →
À memória de D. Afonso Henriques
À Memória do Senhor Rei D. Afonso Henriques Eu não podia escrever uma novela urdida com factos de Guimarães sem me lembrar do mais notável filho daquela terra – o Senhor D. Afonso Henriques.Procurei nas ruas e praças de Guimarães a estátua do fundador da monarquia. A cidade opulenta, que tem ouro em barda, e abriu dois... Continue Reading →